segunda-feira, 20 de maio de 2013

Como nasce e quanto vale uma ideia? Arquitetos e Designers sofrem com a falta de noção dos clientes.

Por: Ricardo J. Botelho
Fonte:  www.adforum.com.br


Um sujeito que contrata um Arquiteto para projetar a sua casa, não dá valor aos documentos que vão possibilitar a sua construção. O que essa pessoa valoriza é o resultado final, ou seja, o edifício em si. Esse contratante acredita que o projeto é algo simples de ser feito. Afinal, o Arquiteto já fez tantos projetos parecidos. Este será mais um.

O cliente também entende que por morar em uma casa há muitos anos, sabe como projetar à próxima e minimiza a intervenção do profissional.

Confundir o processo de criação arquitetônica, ou de interiores com uma linha de produção em uma fábrica é apenas um dos mitos que habita a mente dos clientes.

É preciso mostrar para esse contratante o caminho pelo qual um arquiteto ou designer de interiores percorre até poder apresentar uma ideia, em forma de estudo preliminar ou anteprojeto.

Comece ressaltando que o seu controle de qualidade rejeita muitas ideias iniciais nesse processo. O que é bem diferente de uma linha de montagem onde um percentual íntimo da produção é rejeitado.

Mas a ideia que, finalmente, será trabalhada ainda vai passar por muitos ajustes para ser transformada em um projeto. Ela precisa ser refinada, tornada mais complexa, ajustada e compatibilizada com diferentes situações que envolvem o projeto.

O caminho de fato é longo e não se desenvolve em uma linha reta, ao contrário, existem muitos momentos críticos que exigem horas e horas de dedicação e retrabalho.

Os profissionais cometem, portanto, o erro de valorizar em seus portfólios o resultado final e não o caminho pelo qual a ideia surge e é desenvolvida.

Mostre o caminho e não só o resultado para o cliente. Separe cases, crie uma apresentação educativa. Envolva o cliente nesse clima de criação. Transforme a reunião de levantamento de necessidades em um processo elucidativo. Traga o cliente para uma clínica de criação como parte de uma ação de definir o briefing. Use imagens, materiais e vídeos. Agindo assim, o profissional coloca o cliente frente a frente com o processo e desmonta o mito da ideia que surge do nada!

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